ALFAMA | MOURARIA

Toda a zona da Baixa é de visita obrigatória. Alfama é um labirinto de ruelas apertadas, com muitos segredos para descobrir.

 

MOURARIA

PRESENÇA ÁRABE

Os Muçulmanos chegaram a Lisboa no século VII e estabeleceram-se até ao século XII, com a conquista da cidade pelos cristãos. A presença árabe trouxe uma enorme melhoria nas condições de vida, com novos alimentos – limões e laranjas, entre muitos outros -, mas também pelos hábitos de higiene. Havia também alguma liberdade religiosa, com a coexistência de vários cultos. A conquista de Lisboa em 1143 é a base para a proclamação de Portugal como um país independente em 1147.

 

MOURARIA

O nome vem do facto de ter sido maioritariamente habitado por mouros. Este bairro foi criado quando o primeiro rei português, D. Afonso Henriques, conquistou Lisboa aos mouros. E obrigou-os a mudarem-se para este bairro, que ficava do lado de fora das muralhas.

 

ALFAMA
CASTELO DE SÃO JORGE

O castelo no topo da colina era o objetivo militar de todas as guerras. Os árabes construíram uma muralha – a cerca moura – que delimitava uma boa parte desta colina, na qual se travaram ferozes batalhas. Ao longo dos séculos, o Castelo foi mudando a sua configuração.

CASA DOS BICOS

Este edifício do século XVI revestida a pedra aparelhada em forma de diamante, é uma influência da arquitetura renascentista italiana. Nele funciona a Fundação José Saramago, o escritor português fantástico que foi Prémio Nobel da Literatura em 1998.

 

SÉ CATEDRAL

Com a conquista de Lisboa aos mouros, os cristãos mandam arrasar a grande mesquita de Lisboa, para no seu lugar construir este templo românico. Estávamos no século XII.

 

MIRADOURO SANTA LUZIA

Daqui o Rio Tejo brilha sempre com intensidade. O rio é a razão de ser da localização de Lisboa neste local. Há mais de três mil anos, o rio era um porto seguro para os navios que atravessavam o Oceano Atlântico rumo ao Mar Mediterrânico. E dentro deste abrigo, um braço de rio entrava terra adentro – no local onde agora está a Baixa Pombalina, aos pés desta colina, e que agora é construção, era onde os barcos amarravam.

D. FILIPA DE LENCASTRE

No final do século XIV, o rei D. João I contraiu matrimonio com a inglesa D. Filipa de Lencastre. A rainha trouxe o culto da Renascença para Portugal. Ela gostava de convidar os capitães dos navios que aportavam em Lisboa para irem ao Paço Real contar as suas aventuras pelos mares. Não por acaso, os seus filhos estão na base da construção do grande projeto português para o mundo: as Descobertas, que consistiram na descoberta do caminho marítimo para a Índia (1498) e o Brasil (1500). Os portugueses ligaram de forma regular os grandes continentes do planeta: Europa, América, África e Ásia. Foi o verdadeiro início da globalização.

 

BAIXA POMBALINA

A Baixa Pombalina é o centro da cidade e o ponto de partida de toda a História de Portugal. Vais lá encontrar muita oferta turística e, provavelmente, muitos turistas. Começa na Avenida da Liberdade, onde podes encontrar muitas lojas de luxo, e desces até ao Rossio e daí até ao Rio.

 

ARCO DA RUA AUGUSTA

É um arco do triunfo com projeto do século XVIII e concluído no século XIX (1873). O texto inscrito no topo do arco remete para a grandiosidade do império português: “às virtudes dos maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas”. Existe um elevador que permite visitar o topo.

 

OS DESCOBRIMENTOS

O grande contributo da cultura portuguesa para a História Mundial são Os Descobrimentos. No século XV, Portugal inicia uma estratégia de desenvolvimento científico e tecnológico para preparar os seus barcos para a aventura dos mares desconhecidos. Durante o século XV visitam todas as ilhas e territórios da costa Oeste de África. Em 1498 chegam à Índia e em 1500 ao Brasil. Os portugueses continuam a explorar a costa leste de África e a Ásia, até ao Japão. As Descobertas foram o primeiro passo a sério para a globalização, estabelecendo contatos regulares com todos os continentes.

 

TERRAMOTO 1755

No dia 1 de novembro de 1755 o inferno abateu-se sobre Lisboa. Sendo um dia de feriado religioso, às 9h00 as pessoas estavam nas missas, quando um enorme terramoto abala Lisboa, destruindo Igrejas e as pessoas que estavam lá dentro. Os sobreviventes fugiram para as praias, mas um enorme maremoto matou uma boa parte da população. Depois, incêndios, pestes e pilhagem destruíram o que ainda estava de pé. A zona da Baixa (este vale entre a Praça do Rossio e a Praça do Comércio em frente ao rio) foi a mais afetada e tudo o que hoje existe é construção do pós-terramoto.

 

A VELHA ALIANÇA

Portugal e Inglaterra têm a mais antiga aliança político-militar ainda em vigor. O Tratado de Windsor, de 1286, foi assinado após a guerra de Aljubarrota, em que os ingleses lutaram ao lado dos portugueses contra os castelhanos. O apoio militar voltou a repetir-se, nem sempre de forma feliz. Normalmente os ingleses usavam Portugal para picar alianças entre França e Espanha, e criar assim um fait-diver para desviar as atenções.

No entanto, também houve momentos de tensão entre os dois países, nomeadamente com o Ultimatum de 1890, em que o plano do Mapa Cor de Rosa português (ligar Angola a Moçambique) colidia com os planos de Rhodes de ligar a África do Sul ao Egito. Acabou tudo a beber um vinho do Porto.